| Opinião
O legado para a cidade foi a razão do Rio de Janeiro ter conquistado o direito de sediar os Jogos Olímpicos. Além da paixão pelo esporte, o grande objetivo é vencer as desigualdades no Rio, que tem mostrado foco nas pessoas, porque não é um estádio que vai mudar e melhorar a realidade da população. Nenhum desses projetos é essencial para o evento dos Jogos, mas vão fazer muita diferença como legado para os cariocas.
Ao todo, são 27 projetos de obras de infraestrutura e políticas públicas nas áreas de mobilidade, meio ambiente, urbanização, esporte, educação e cultura, sendo 14 desses executados pela Prefeitura do Rio, dez pelo Governo do Estado e outros três pelo Governo Federal, que totalizam mais de R$ 24,6 bilhões. Estes projetos estão concentrados em quatro principais áreas estratégicas: mobilidade, meio ambiente, renovação urbana e desenvolvimento social.
As obras do Porto Maravilha, por exemplo, estão recuperando a infraestrutura urbana da Região Portuária do Rio, incluindo transporte e serviços públicos, além da preservação das características culturais do local. Enfiam, devolveram à cidade tesouros arqueológicos como o antigo Cais da Imperatriz e do Valongo e o Jardim Suspenso do Valongo, além de criar bem-sucedidas opções culturais como o Museu de Arte do Rio e o Museu do Amanhã inaugurado em dezembro de 2015.
Na área da educação, a Arena do Futuro será desmontada e transformada em escolas municipais com capacidade para até 500 alunos. Ao total serão 4 unidades remontadas, na região da Barra e São Cristóvão. A prefeitura do Rio criou o conceito “Arquitetura Nômade”, na qual reforça o princípio de que as obras para os Jogos Olímpicos devem servir à cidade após sua realização.
Muito fala-se da construção da TransBrasil, bem como a ampliação da linha metroviária da zona sul à Barra, que de fato viabilizará com mais agilidade a locomoção dos cariocas entre as regiões que são bastante afetadas pelo trânsito, mas, esquecemos da importância do legado cultural que paira sobre o Rio de Janeiro, que vem proporcionar coletividade intelectual. A nova Praça Mauá sem a Perimetral é uma das revitalizações da região Portuária. Já o Museu do Amanhã foi só uma excelente desculpa para tirar do papel essa transformação alinhada à terceira geração de museus de ciências no mundo, na qual destina-se a expor as mudanças, perguntas e a exploração de possibilidades futuras para a humanidade.
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